terça-feira, 28 de agosto de 2012

Bajeenses pelo Mundo - Marcos Machado


MARCOS MACHADO

Natural de Bagé, Rio Grande do Sul, Marcos Machado desenvolve carreira internacional atuando como solista, professor e músico de câmara. Reside nos Estados Unidos há 15 anos. Marcos Machado é professor de contrabaixo erudito e jazz na University of Southern Mississippi, Primeiro Contrabaixo da Meridian Symphony Orchestra e membro do USM Jazz Quartet. Fundador do Southern Miss Bass Symposium, ja na sua 4a Edição, agendada para setembro de 2011 em Hattiesburg (bass-symposium.com), com a presença de François Rabbath e Frank Proto.

Marcos é doutor em música pela University of Illinois Urbana-Champaign sendo orientador o professor Michael Cameron, especialista em música contemporânea. Sua formação em contrabaixo teve início com o professor uruguaio Milton Romay Masciadri (1931-2009), no Conservatório de Música da OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Continuou os estudos na University of Georgia com o Dr. Milton Walter Masciadri. Paralelamente, aperfeiçoou-se na Europa com os renomados professores Duncan McTier (Suíça/Inglaterra) e Franco Petracchi (Itália). Estudou em Paris com François Rabbath, considerado o mais importante contrabaixista da atualidade. Marcos recebeu diplomas de Performance e Professor pelo Rabbath International Institute.

O virtuosismo de Marcos Machado tem atraído a atenção de muitos músicos, em especial do compositor americano Frank Proto que o descreveu como “brilhante”. Sua performance com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, com a estréia na América do Sul da Carmen Fantasy, de Frank Proto, foi considerada “espetacular”. Performances recentes incluíram duas estréias de composições de Frank Proto na America do Sul (Carmen Fantasy e Nine Variations on Paganini) e solo frente à Meridian Symphony nos Estados Unidos (Concerto #3 | Picasso de Frank Proto). A obra não era tocada desde sua estréia em 1997 devido à extrema dificuldade. Em junho de 2011, fez a estréia mundial de uma composição de Frank Proto “Sonata para contrabaixo” na Convenção Bienal da International Society of Bassists em São Francisco, California.

Marcos Machado ja colaborou com músicos renomados como Viktor Uzur, Cármelo de los Santos, Evgeny Rivkin, Levon Ambartsumian, Giuseppe Lupis, Ney Fialkow, Alejandro Drago, Guigla Katsarava, Antonio del Claro, Dimitri Berlinsky, Michael Cameron, Sherban Lupu, Ian Hobson, Lewis Nielson, Larry Panella, Craig Hella Johnson entre outros. Tem feito diversas turnês pela Itália, França, Suíça, Alemanha, Inglaterra, Brasil, Uruguai e Argentina. Já se apresentou no Montreux Jazz Festival (Suíça), Vienne Jazz Festival (França), Victoria Bach Festival (E.U.A.), Bonneville Chamber Music Festival(E.U.A.) , Premier Music Festival (E.U.A.), FestivalSouth (E.U.A.), Northern Lights Music Festival (E.U.A.), Spoleto Festival (E.U.A.), Festival Música nas Montanhas (Brasil), Oficina de Música de Curitiba (Brasil), Festival Internacional de Música Unisinos, FIMP-Festival Internacional Musica no Pampa (Brasil) entre outros. 


Foi contrabaixista com a orquestra de câmara russa ARCO, com violinista Levon Ambartsumian, gravando dois CDs com o grupo. Marcos é um músico versátil e confortável em vários idiomas. Tem trabalhado com respeitados compositores, entre eles Frank Proto, Lewis Nielson, Tarik O'Regan, Rudolf Haken, Craig Hella Johnson, George Crumb, Charles Wuorinen e Tristan Murail. Além do contrabaixo acústico, Marcos é muito requisitado no baixo elétrico. Gravou CD de composições de Rudolf Haken com passagens extremamente virtuosas para o baixo elétrico de seis cordas. Foi também integrante do New Music Ensemble − grupo dedicado à música contemporânea e participou do Baroque Players − grupo especialista em performances barrocas utilizando instrumentos de época. 

Desde 2007 é o contrabaixista convidado pelo grupo de Câmara Conspirare sob a regência de Craig Hella Johnson, nomeado cinco vezes ao Grammy. Com o grupo gravou composições do compositor inglês Tarik O'Regan no famoso Music Hall do Troy Savings Bank, em Nova Iorque,  com o selo Harmonia Mundi. O CD—Threshold of Night foi indicado a dois prêmios Grammy. E o CD/DVD “Conspirare in Concert” foi gravado ao vivo em Long Center for Performing Arts em Austin, Texas e foi nomeado ao Grammy Best Classical Crossover Album.





sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Grandes craques bajeenses VI - Vicente



                                   




Vicente Gonçalves de Paulo, também conhecido como Vicente Bigode,  ex-quarto-zagueiro do Santos, que fazia dupla de área com Oberdan e com Carlos Alberto Torres na conquista do Campeonato Paulista de 1973, faleceu na madrugada do dia 24 de dezembro de 2011, véspera do Natal.  Vivia em Porto Alegre (RS), vitima de câncer. 

Natural de Bagé, iniciou sua carreira no Guarany, de sua cidade natal, o zagueiro foi indicado por Calvet, defensor bi-campeão mundial com o time da Vila Belmiro, em 1962 e 1963, para fazer parte do Santos, que à época contava com Pelé. 
  O sucesso no Alvinegro foi graças ao rápido entrosamento com seu parceiro de zaga, o bom beque Oberdan. Juntos, conquistaram o Campeonato Paulista de 1973.

Entre as camisas que defendeu em sua carreira, Vicente  passou pelo São José de Porto Alegre e no Caxias, equipe tradicional do interior do estado do Rio Grande do Sul. 
    Após as boas atuações no Peixe, Vicente foi negociado com o Grêmio e manteve a sina de campeão. No Tricolor gaúcho, o defensor fez parte da incrível equipe que levantou o Campeonato Brasileiro de 1981.















terça-feira, 14 de agosto de 2012

Grandes craques bajeenses V - Branco



Branco, o Cláudio Ibrahim Vaz Leal, ex-lateral-esquerdo do Guarany FC-RS, Internacional-RS, Fluminense (onde também encerrou sua carreira), Porto-POR, Brescia,-ITA, Flamengo, Grêmio, Corinthians, Metrostars-EUA e Seleção Brasileira, foi coordenador das divisões de base da CBF e em 2006 assumiu o cargo de coordenador técnico do Fluminense. "A minha escolha de sair da CBF foi por ter um novo desafio. No ano de 2012 treinou o Figueirense durante a realização do Campeonato Catarinense, e embora tenha ganho os dois turnos, ainda foi a uma final com o Avaí, quando este tornou-se campeão. 
O jogador

Nascido no dia 4 de abril de 1964, em Bagé (RS), Branco foi herói na campanha do tetra em 94, ao marcar, de falta, o gol da vitória sobre a Holanda, nas quartas-de-final. O Brasil venceu aquele dramático jogo por 3 a 2. Depois, o time de Parreira passaria pela Suécia e pela Itália, nos pênaltis.

Branco começou a carreira de jogador no Guarani de Bagé (RS), passou pelo Inter (RS), mas começou a se destacar atuando na lateral-esquerda do Fluminense, onde foi tricampeão carioca (83, 84 e 85) e campeão brasileiro de 1984.

Branco disputou três Copas do Mundo (1986, 1990 e 1994). Em 1986, no México, Branco venceu muitas desconfianças e foi um dos destaques do time comandado por Telê Santana. Uma das melhores atuações do lateral naquela Copa foi contra a França. Naquela partida, Branco sofreu pênalti no segundo tempo, que depois Zico perderia.

Em 1990, na Itália, Branco esteve envolvido em uma polêmica. Ele tomou água "batizada" oferecida por argentinos no jogo entre Brasil e Argentina realizado no dia 24 de junho. "Eu fiquei meio tonto. Não imaginei que tinha algo na água", conta Branco. A "armação argentina" foi admitida por Diego Armando Maradona e pelo técnico Carlos Bilardo.

Depois de brilhar no Fluminense ao lado de Assis, Washington, Romerito, Ricardo Gomes e companhia, Branco defendeu equipes de Portugal e da Itália. Retornou ao Brasil em 94 para jogar no Corinthians e por pouco não conquistou mais um título brasileiro. O alvinegro do Parque, time do lateral e do técnico Jair Pereira, ficou com o vice. O Palmeiras comemorou o título. "Queria muito ter sido campeão pelo Corinthians, que foi um clube que me acolheu muito bem e era bem estruturado", comenta o ex-lateral.

Em 13 de maio de 2012, após campanha brilhante no comando do Figueirense conquistando o primeiro e o segundo turno do Campeonato Catarinense, devido a um fórmula esdrúxula , teve que jogar a final com o Avaí e foi derrotado. E mesmo cumprindo um ótimo início do ano, a diretoria resolveu demiti-lo. 

VEJA O GOL DE BRANCO QUE DECRETOU O 3 X 2 PARA O BRASIL CONTRA A HOLANDA NA SEMIFINAL DA COPA DO MUNDO DE 1994
:
























Enrico Bianco, um pintor BRASILEIRO




Enrico Bianco, nasceu na Itália em 1918. Sempre teve uma ligação com nosso país, pois seu pai, Francesco Bianco era escritor e correspondente internacional do Jornal do Brasil. O jovem Enrico, aos 17 anos pintava embalado pelo piano tocado por sua mãe, Maria Bianco-Lanzi, uma mulher de cultura invulgar.
A  família sofreu um baque com a morte de sua mãe, e também pelo fato de Francesco ter sido um deputado pela democracia-cristã, e com isso caiu em desgraça pela ascensão do fascismo na Italia. O JB, vivendo a crise dos anos 30 demitiu-o da posição de correspondente na Itália.
Com isto a família emigrou para o Brasil, que Francesco já conhecera em 1920. E assim, em 1937, Enrico Bianco chegou ao Rio de Janeiro, acompanhado do pai e da irmã, estabelecendo-se para sempre no Brasil.
Algum tempo depois, teve um encontro que marcou-o para sempre. O pintor Paulo Rossi sugeriu que ele visitasse uma obra que Portinari estava fazendona sede do Ministério da Educação. Ele foi e lá só encontrou três ajudantes.
Estes ajudantes estavam enfrentando dificuldades para executarem a ampliação, em afresco, da mão de um garimpeiro, Enrico pediu licença e sozinho pintou aquele detalhe.
Logo chega Portinari, que percebendo a intromissão, perguntou: “Quem fez aquela mão ali?” Os ajudantes apontaram para Enrico, quieto a um canto. Portinari não deu importância ao jovem, que ficou constrangido.
Bianco arrependeu-se de ter ido lá e mais ainda de ter interferido na obra, mas ficou observando o desenrolar dos trabalhos. Ao chegar a hora do almoço, Bianco fez menção de retirar-se, despedindo-se de Portinari que lhe perguntou do mesmo jeito carrancudo: “Mas, aonde vai?” “Para casa”, respondeu Bianco.
`Portinari estendeu-lhe a mão com a mesma cara de zangado perguntou: “Mas amanhã você volta, não volta?”
Assim Enrico Bianco se integrou à equipe de Portinari, do qual foi um valioso colaborador e a influência do mestre é sentida em toda a sua obra.
Esta aproximação que tanto lhe beneficiou, também trouxe problemas, por razões políticas.
Em 1960 foi convidado para expor alguns trabalhos na 2ª Bienal do México. Como o Itamarati pagou as despesas de viagem aos pintores brasileiros, tomou-se ao direito de rever a lista dos artistas expositores, e assim cortou Bianco , sob a alegação de que ele era italiano e não representava a arte brasileira. Sua temática era toda ela voltada  para a nossa terra, nossa gente, nossos costumes. Rubem Braga saiu em sua defesa em crônica publicada pela revista Manchete.
Não resolveu. Quando o Estado interfere na arte, a arte sempre leva a pior, e o artista também.
Enrico nasceu em Roma, em 1918, no dia 18 de julho. Veio muito jovem para o Brasil e aqui desenvolveu-se, conviveu com grandes mestres da pintura, como Portinari, teve Burle Marx entre seus amigos e recebeu muitos elogios de especialistas em arte, como Antonio Bento e Pietro Maria Bardi.
Podemos, sem medo de errar, dizer que Enrico Bianco é o mais brasileiro dos pintores italianos, e por isso pode ser incluído no rol dos PINTORES BRASILEIROS.

Algumas obras deste artista: