terça-feira, 24 de abril de 2012

Transversais - DR. PENNA

Foi o primeiro médico civil a fixar residência em Bagé. Carioca de nascimento, cursou medicina em Paris de onde voltou em 1855 e se formou em 1856. Não gostando do clima do Rio de Janeiro resolveu vir para o Rio Grande do Sul, onde, inicialmente, morou na cidade de Rio Grande. Veio a Bagé para tratar da filha de um amigo, gostou da cidade e para cá se transferiu em 1858. 


Quando chegou sua mudança, foi notada a quantidade de livros que faziam parte de seus pertences.
Foi um dos fundadores do hospital de caridade que mais tarde viria a ser a Santa Casa de Bagé. Morava e dava consulta em sua casa, que se situava na quadra da Avenida Sete em frente à praça da Catedral.
Quando de sua morte, em 12 de maio de 1901, em honra a sua condição de pai dos pobres, como era conhecido, a comunidade concretizou um monumento, onde hoje está sua estátua e onde também repousam seus restos mortais, justamente defronte a casa onde morou e clinicou.
O projeto foi de autoria de Pedro Obino. O pedestal foi entalhado em Capão do Leão por Miguel Brigante e a estátua foi fundida em Paris, tendo ficado pronta em dezembro de 1910.
A inauguração ocorreu em solenidade especial em sua memória, com autoridades e populares, a estátua foi toda ornamentada, tendo o local recebido várias visitas nos dias que se seguiram.
A cadeira e os livros que se notam nela foram cópias do móvel usado por ele e o sistema de manter os livros sempre ao lado da cadeira, para seus estudos diários.
Na história de Bagé, consta a inauguração da estátua do Dr. Penna, localizada em frente a sua casa e consultório, em 12 de maio de 1913. Chamado de pai dos pobres, as despesas da confecção do monumento foram custeadas pela comunidade, conforme pesquisa da historiadora bageense Elizabete Fagundes.


Publicado por Sandra Garcia, no blog bagenossarainhadafronteira.blogspot.com.br

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